Eu sou forte, não vacilo, qualquer peso pra mim é tranquilo.
(...)
Não questiono se é pesado. O meu corpo suporta o fardo.
(...)
Não posso cansar.
Não posso falhar.
Será que eu vou quebrar?
(...)
A pressão
é tanta por aqui que, que já me estressou.
E a pressão faz tic, tic, tic...
Meu limite chegou.
"Pede pra Luisa, a corpulenta."
"Não importa o peso, Luisa aguenta."
Não sou nada se tirar o meu dom. Eu desmonto.
Estou nervosa.
Eu fico assim ansiosa, mas tento fingir ser corajosa.
Estou nervosa.
Ameaça é raivosa, fatal e silenciosa.
(...)
A pressão faz tic, tic, tic pronta pra estourar.
"Pede pra Luisa, que ela brilha, ela é a mais poderosa da família."
"Pode até machucar, mas não diz não."
A pressão é tanta por aqui que já não sei quem sou.
E a pressão faz tic, tic, tic...
Meu limite acabou.
"Quem tem a Luisa não se arrepende."
"Faça um pedido que ela vai e atende."
Não sou nada sem a minha função. Eu sigo então.
A pressão não mata
Comentários
Postar um comentário