Eu preciso que você saia de dentro de mim

Meu amor platônico perdeu sua graça e deixou de ser a graça dos dias frios. Ao contrário, rouba-me com frequência o brilho e a cor das encenações inesperadas, próprias da vida dos homens livres.

Tornou-se um murmúrio incansável nos meus pensamentos e em todo tempo me atenta para a falta.
Deixou de me preencher para se fazer vão.
E aumenta o vazio dos meus sentires na frequência e intensidade em que tento cobri-lo. Luta vã.

Faz-se falta em todos os rostos ao me redor, faces onde só se vê a inexistência do sorriso correto.
Em cada amor vivido, evidencia a carência do corpo desejado. E em mim, escancara a plena falta do querer.

Restaram, da minha paixão cega, apenas cacos de memórias de felicidades curtas, que de tão partidas não posso me atar.
Eu preciso que você saia de dentro de mim.



Comentários

  1. Ah esses escritos! linhas que narram sentimentos próprios ou emprestados.
    não imposta de onde venha, ou de quem seja, ou para quem seja.
    Deixe que venha e que sejam relatados em textos grandes ou pequenos.
    Relate-os, deixe-os vivos, deixe-os vivos...

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